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Entenda a habitualidade e como comprovar suas atividades no clube de tiro

28 JUL 2025

No tiro esportivo, o progresso técnico não nasce apenas da vontade, mas da prática contínua e documentada. Esse é o princípio que sustenta a habitualidade, conceito que vai muito além de um requisito legal e representa o compromisso do atirador com a modalidade, com a segurança e com a excelência no uso de armamentos.

Muito mais que uma obrigação burocrática

Com base no Decreto nº 11.615/2023, no Decreto nº 12.345/2024 e na Portaria nº 166/2023 – COLOG/C Ex, a habitualidade é condição indispensável para que o atirador possa evoluir nos níveis da categoria CAC (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), adquirir novas armas e continuar legalmente habilitado a treinar e competir.

A habitualidade conecta liberdade, técnica e responsabilidade no universo do tiro esportivo.

Estrutura por níveis: do iniciante ao alto rendimento

A legislação estabelece quatro níveis distintos de atiradores, cada um com requisitos progressivos. Quanto maior o envolvimento e frequência nas atividades, maior a capacidade legal de ampliação do acervo:

  • Nível 1 – Mínimo de 8 eventos por grupo de armas ao ano; permite até 4 armas de uso permitido.

  • Nível 2 – 12 treinos + 4 competições anuais; autoriza até 8 armas.

  • Nível 3 – 20 treinos + 6 competições por ano; acesso a até 16 armas, incluindo 4 de uso restrito.

  • Nível 4 (Alto Rendimento) – Participação plena no calendário competitivo nacional e boa classificação em rankings; até 8 armas de uso restrito.

Essa progressão valoriza o mérito esportivo e mantém os armamentos nas mãos de atiradores capacitados e ativos.

Como comprovar a habitualidade?

A comprovação é feita por meio de registros em livros de frequência e declarações fornecidas por clubes credenciados, conforme modelo do Anexo E da Portaria nº 166. Apenas eventos promovidos por entidades com CR válido no Exército são reconhecidos para fins de pontuação.

Competições e treinos informais não têm valor legal para essa finalidade. Sem o devido registro de atividades, não é possível progredir dentro do sistema da habitualidade.

Grupos de armas e organização da rotina

A legislação agrupa os armamentos para facilitar a comprovação de prática por tipo. Isso ajuda o atirador a direcionar seus esforços com foco na evolução dentro de cada segmento. Os grupos incluem:

  • Armas de porte de calibre permitido

  • Carabinas de calibre permitido

  • Espingardas de uso permitido

  • Armas de porte de calibre restrito

  • Armas longas raiadas de uso restrito

  • Espingardas de uso restrito

Cada grupo exige o cumprimento independente da carga mínima de atividades.

Estratégias para uma trajetória ascendente

  • Organize suas participações: anote e arquive todos os comprovantes.

  • Planeje seus eventos: escolha atividades que contribuam para sua progressão.

  • Comunique-se com o clube: garanta que os registros sejam enviados corretamente.

  • Mantenha-se atualizado: novas regras podem alterar requisitos e prazos.

A habitualidade bem gerida garante evolução contínua, evita surpresas legais e solidifica o compromisso do atirador com o esporte.

Conclusão

A loja CAC Armas, de Goiânia (GO), conclui que manter a habitualidade não é apenas seguir uma norma — é zelar pela seriedade do tiro esportivo no Brasil.

Treinar com regularidade, competir com ética e documentar corretamente cada atividade formam a base de uma trajetória sólida no esporte. Ao alinhar prática e responsabilidade, o atirador contribui para o fortalecimento de uma comunidade mais técnica, segura e respeitada.

Para saber mais sobre habitualidade do atirador esportivo, acesse: 

https://legalmentearmado.com.br/blog/progressao-de-nivel-do-atirador#:~:text=Atirador

Se você se interessou pelo conteúdo, confira também: 

https://cacarmas.com.br/publicacao/GUIA_PARA_SE_TORNAR_ATIRADOR_ESPORTIVO


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