
No tiro esportivo, o progresso técnico não nasce apenas da vontade, mas da prática contínua e documentada. Esse é o princípio que sustenta a habitualidade, conceito que vai muito além de um requisito legal e representa o compromisso do atirador com a modalidade, com a segurança e com a excelência no uso de armamentos.
Muito mais que uma obrigação burocrática
Com base no Decreto nº 11.615/2023, no Decreto nº 12.345/2024 e na Portaria nº 166/2023 – COLOG/C Ex, a habitualidade é condição indispensável para que o atirador possa evoluir nos níveis da categoria CAC (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), adquirir novas armas e continuar legalmente habilitado a treinar e competir.
A habitualidade conecta liberdade, técnica e responsabilidade no universo do tiro esportivo.
Estrutura por níveis: do iniciante ao alto rendimento
A legislação estabelece quatro níveis distintos de atiradores, cada um com requisitos progressivos. Quanto maior o envolvimento e frequência nas atividades, maior a capacidade legal de ampliação do acervo:
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Nível 1 – Mínimo de 8 eventos por grupo de armas ao ano; permite até 4 armas de uso permitido.
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Nível 2 – 12 treinos + 4 competições anuais; autoriza até 8 armas.
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Nível 3 – 20 treinos + 6 competições por ano; acesso a até 16 armas, incluindo 4 de uso restrito.
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Nível 4 (Alto Rendimento) – Participação plena no calendário competitivo nacional e boa classificação em rankings; até 8 armas de uso restrito.
Essa progressão valoriza o mérito esportivo e mantém os armamentos nas mãos de atiradores capacitados e ativos.
Como comprovar a habitualidade?
A comprovação é feita por meio de registros em livros de frequência e declarações fornecidas por clubes credenciados, conforme modelo do Anexo E da Portaria nº 166. Apenas eventos promovidos por entidades com CR válido no Exército são reconhecidos para fins de pontuação.
Competições e treinos informais não têm valor legal para essa finalidade. Sem o devido registro de atividades, não é possível progredir dentro do sistema da habitualidade.
Grupos de armas e organização da rotina
A legislação agrupa os armamentos para facilitar a comprovação de prática por tipo. Isso ajuda o atirador a direcionar seus esforços com foco na evolução dentro de cada segmento. Os grupos incluem:
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Armas de porte de calibre permitido
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Carabinas de calibre permitido
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Espingardas de uso permitido
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Armas de porte de calibre restrito
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Armas longas raiadas de uso restrito
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Espingardas de uso restrito
Cada grupo exige o cumprimento independente da carga mínima de atividades.
Estratégias para uma trajetória ascendente
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Organize suas participações: anote e arquive todos os comprovantes.
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Planeje seus eventos: escolha atividades que contribuam para sua progressão.
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Comunique-se com o clube: garanta que os registros sejam enviados corretamente.
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Mantenha-se atualizado: novas regras podem alterar requisitos e prazos.
A habitualidade bem gerida garante evolução contínua, evita surpresas legais e solidifica o compromisso do atirador com o esporte.
Conclusão
A loja CAC Armas, de Goiânia (GO), conclui que manter a habitualidade não é apenas seguir uma norma — é zelar pela seriedade do tiro esportivo no Brasil.
Treinar com regularidade, competir com ética e documentar corretamente cada atividade formam a base de uma trajetória sólida no esporte. Ao alinhar prática e responsabilidade, o atirador contribui para o fortalecimento de uma comunidade mais técnica, segura e respeitada.
Para saber mais sobre habitualidade do atirador esportivo, acesse:
https://legalmentearmado.com.br/blog/progressao-de-nivel-do-atirador#:~:text=Atirador
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https://cacarmas.com.br/publicacao/GUIA_PARA_SE_TORNAR_ATIRADOR_ESPORTIVO
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