
O tiro esportivo tem despertado interesse crescente entre os brasileiros, não apenas como competição, mas também como prática de disciplina, precisão e controle emocional. No entanto, ingressar oficialmente nessa modalidade requer mais do que vontade: é preciso seguir um caminho regulado por normas rígidas e etapas bem definidas.
A seguir, neste artigo especial da loja CAC Armas, de Goiânia (GO), você confere um guia completo e atualizado para iniciar sua trajetória no tiro esportivo com segurança e legalidade.
Primeiro passo: obtenção do Certificado de Registro (CR)
Toda jornada começa com a emissão do Certificado de Registro (CR), documento essencial concedido pelo Exército Brasileiro. Sem o CR, nenhuma atividade como atirador esportivo é legalmente permitida. Para conquistá-lo, o interessado deve:
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Ter 18 anos ou mais;
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Ser aprovado em avaliações psicológicas e de capacitação técnica;
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Apresentar certidões negativas criminais;
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Estar filiado a um clube de tiro autorizado.
Com o CR em mãos, é possível adquirir armas, desde que o solicitante tenha pelo menos 25 anos. Cada armamento deve ser devidamente apostilado no CR, respeitando os limites previstos por nível de praticante.
Registro e validade: atenção às novas regras
A legislação mudou. Com o Decreto nº 11.615/2023 e a Portaria nº 166 COLOG/EX, a validade tanto do CR quanto do CRAF (Certificado de Registro de Arma de Fogo) foi reduzida de 10 para 3 anos. Isso exige mais atenção e organização por parte dos praticantes para manterem sua documentação sempre em dia.
Transporte de armas: a obrigatoriedade da guia de trânsito
Não basta ter os registros em ordem. Para se deslocar com armas entre residência, clube ou competições, é preciso portar a guia de trânsito — documento obrigatório emitido pelo Exército. Ela tem validade de 1 ano para treinos e 30 dias para competições. Transitar sem essa autorização constitui infração e pode gerar penalidades graves.
Níveis do atirador e a exigência da habitualidade
O atirador esportivo avança por quatro níveis, de acordo com seu envolvimento e frequência de participação:
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Nível 1: mínimo de 8 treinos/ano e até 4 armas de uso permitido.
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Nível 2: 12 treinos e 4 competições por ano, com até 8 armas permitidas.
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Nível 3: exige 20 treinos, 6 competições e permite 16 armas (4 de uso restrito).
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Nível 4 (Alto Rendimento): exige vínculo com Confederação, desempenho em ranking oficial e até 8 armas de uso restrito.
A progressão de nível exige comprovação de habitualidade esportiva, reforçando o comprometimento com a prática contínua e responsável.
Iniciando com segurança: escolha e preparo
Ingressar com o pé direito depende de escolhas estratégicas. Optar por um clube sério, com instrutores experientes e estrutura adequada, facilita o processo e oferece suporte essencial. É igualmente importante adquirir equipamentos apropriados, iniciar com armas compatíveis com seu nível de experiência e manter uma rotina consistente de treinos.
Conclusão
Ser atirador esportivo no Brasil é uma experiência que vai muito além do manejo técnico de uma arma. Trata-se de um caminho que exige disciplina, conhecimento legal, respeito às normas e busca constante por aprimoramento. Ao seguir cada etapa com atenção e responsabilidade, o praticante não apenas se adequa à legislação, como também mergulha em um esporte que forma corpo e mente.
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