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Conheça a história e a evolução do tiro esportivo no programa olímpico

17 SET 2025

Entre as modalidades que compõem o programa dos Jogos Olímpicos, poucas possuem uma ligação tão antiga quanto o tiro esportivo. Presente desde Atenas 1896 — com exceção apenas de 1904 e 1928 —, o esporte consolidou-se como símbolo de disciplina e técnica.

A prática olímpica do tiro esportivo exige precisão extrema, equilíbrio emocional e domínio absoluto da concentração.

Raízes históricas

A origem do tiro esportivo remonta a torneios de caça e de tiro ao alvo realizados desde o século XV. A organização moderna, no entanto, ganhou força no século XIX, com clubes e federações que regulamentaram o esporte.

A entrada nos Jogos contou com o apoio do Barão de Coubertin, criador da Olimpíada moderna, que via no tiro um exemplo de disciplina e honra.

Em 1896, a estreia olímpica contou com cinco provas masculinas, dominadas por atiradores gregos. As mulheres só puderam participar em 1968, inicialmente em disputas mistas, e apenas em Los Angeles 1984 surgiram provas exclusivas femininas.

Mais recentemente, Tóquio 2020 inovou ao introduzir as competições mistas por equipes, ampliando a diversidade e a representatividade da modalidade.

Momentos marcantes

Nem só de glórias vive a história. Paris 1900 registrou um episódio polêmico com a disputa de tiro ao pombo vivo, que gerou forte reação internacional. Logo depois, os alvos foram substituídos por pratos de argila, originando o atual Tiro ao Prato, que segue rígidas normas de ética e segurança.

Hoje, o esporte é referência em padronização técnica e organização internacional.

O Brasil e o pioneirismo no pódio

O Brasil carrega uma relação especial com o tiro esportivo olímpico. Foi nessa modalidade que o país conquistou suas primeiras medalhas, na Antuérpia em 1920:

  • Guilherme Paraense ganhou o primeiro ouro olímpico do Brasil, na pistola rápida .38;

  • Afrânio da Costa levou a prata na pistola livre .22;

  • A equipe brasileira faturou o bronze na pistola livre por equipes.

Após esse feito histórico, o país viveu um longo hiato até os Jogos do Rio em 2016, quando Felipe Wu conquistou a prata na pistola de ar 10 m, recolocando o Brasil entre os protagonistas da modalidade.

Estrutura das provas

O tiro olímpico é dividido em três grandes blocos:

  • Pistola – Foco em estabilidade e controle, com provas como pistola de ar 10 m (masculino, feminino e mista), pistola 25 m feminina e pistola rápida 25 m masculina.

  • Carabina – Testa resistência e domínio corporal, incluindo carabina de ar 10 m (masculino, feminino e mista) e carabina 3 posições 50 m.

  • Tiro ao Prato – Exige reflexo e precisão contra alvos móveis, com disputas de fossa olímpica e skeet, tanto individuais quanto mistas.

Todas as competições seguem regras rígidas da ISSF e do COI, com fiscalização detalhada de armas, munições e equipamentos, garantindo segurança e padronização mundial.

Uma tradição em constante renovação

A loja CAC Armas, de Goiânia (GO), ressalta que o tiro esportivo é mais do que um esporte de pontaria: é a síntese de concentração, disciplina e superação.

No Brasil, essa modalidade representa não apenas tradição, mas também o marco histórico das primeiras medalhas olímpicas do país.

Com novas gerações de atletas em formação e centros de treinamento especializados, há expectativa de maior protagonismo brasileiro nos próximos ciclos olímpicos. 

Para saber mais sobre tiro esportivo nas Olimpíadas, acesse: 

https://ge.globo.com/olimpiadas/guia/2024/07/25/c-tiro-esportivo-regras-modalidades-historia-e-curiosidades.ghtml

http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/tiro-esportivo

Se você se interessou por esse conteúdo, confira também: 

https://cacarmas.com.br/publicacao/MODALIDADES_TIRO_ESPORTIVO

https://cacarmas.com.br/publicacao/tiro_esportivo


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